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Sindpd-SP, campanha salarial e a necessidade de um sindicalismo revolucionário

April 20, 2021 em sindpd

Um trabalhador assediado moralmente subverteu o LinkedIn. Renato Pinheiro, ex-funcionário da empresa de pagamentos Stone, mostrou uma mensagem O Sindpd-SP já está falhando com os trabalhadores de TI na Campanha Salarial de 2021. Segundo o sindicato, a última audiência virtual sobre a Campanha foi cancelada por "ausência de interesse na solução amigável do conflito” por parte do Sindicato Patronal de São Paulo (SEPROSP). É o que apontou a desembargadora Ivani Contini Bramante, do Tribunal Regional da 2ª Região, depois que o SEPROSP recusou a proposta de conciliação apresentada em 15 de Dezembro de 2020.

Por sua vez, o atual presidente do Sindpd-SP, Antonio Neto, acusa o SEPROSP de recusar “as propostas de conciliação para tentar jogar os trabalhadores contra o sindicato” e contrapõe afirmando que o sindicato está “fechando todos os dias acordos com as empresas que, de fato, querem uma solução”.

Mas, essas empresas com as quais o Sr. Antonio Neto tenta uma conciliação com tanta paixão são as mesmas que forçam o desmonte da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) e apoiam contrarreformas trabalhistas. Essas ações visam a redução salarial, a precarização das relações de trabalho, acordos que violam a CLT e restringem a atuação dos próprios sindicatos.

O Sindpd-SP não toca nessas questões e nem em outras que são relacionadas à saúde dos trabalhadores de TI, mesmo em plena pandemia.

A "solução" que as empresas estão buscando, citada pelo Sr. Antonio Neto, só atende a seus próprios interesses. E a posição do SEPROSP de não querer negociar amigavelmente revela a perda de forças do Sindpd-SP na defesa dos direitos da classe trabalhadora.

Isso não é exatamente uma surpresa, tendo em vista o atual cenário político-econômico, a atuação do Sindpd-SP limitada à luta salarial e o peleguismo da sua atual diretoria.

Os sindicatos, além de armas pela sobrevivência de nós trabalhadores, são as trincheiras ocupadas por aqueles que enfrentarão os ataques à classe trabalhadora.

Por isso, mais do que nunca temos que nos organizar com nossos colegas para além de melhores salários (que são importantes e devem continuar nas obrigações dos sindicatos), mas também para construir um sindicalismo combativo e que esteja alinhado com todas as demandas da classe trabalhadora.

Para isso, temos que buscar organizar um sindicalismo revolucionário. Só marchando unidos e organizados podemos criar o poder popular, superar esse sistema de exploração e caminhar rumo ao socialismo.

UNIDADE CLASSISTA, FUTURO SOCIALISTA!